quinta-feira, 8 de março de 2012

Cães:guia: para além do que os olhos podem ver



Descrição da imagem: uma jovem está ajoelhada ao lado de seu cachorro, acariciando-o. Ela é cega - está de óculos escuros - e o cão é da raça Labrador ou Gold Retrieve. Ambos estão sobre a grama, numa espécie de jardim. É de dia.


"Ontem, uma amiguinha chamada ´Fortune´ foi impedida de permanecer dentro de um restaurante na cidade de Itu. A Fortune é um cão-guia que está em fase de treinamento e o estabelecimento, que é muito conceituado, não permitiu a sua entrada. Por lei, ela estava amparada, porém fomos discriminados. Você poderia ajudar a divulgar para que isto não aconteça mais?"


O desabafo que você acabou de ler foi escrito por Marcelo Kendi e compartilhado pela jornalista Silvia Czapski em sua página no Facebook, no dia 15 de fevereiro.

O especialista em esporte para pessoas com deficiência Steven Dubner, fundador da Associação Desportiva para Deficientes (ADD) de Itu, atuando, principalmente, no Brasil e nos EUA, explica a importância dos cães-guias. "Um cão guia é maravilhoso para uma pessoa cega. Além de ajudar na locomoção e dar mais independência e autonomia, ele também cria um vínculo emocional muito forte, elevando a autoestima da pessoa com deficiência."

O especialista também enfatiza que os animais são treinados para se comportar em lugares públicos. Eles não latem, não atacam, não brincam, não aceitam comida de ninguém, além do tutor, e só fazem as necessidades em horários específicos. Dentro de um avião ou metrô, costumam ficar de frente para o dono, para não assustar as pessoas próximas. Os cães ainda desviam de obstáculos aéreos. "Os cegos sempre arrebentam a testa nos orelhões, porque a bengala chega depois, ou caem em bueiros sem tampa. Se ele estiver com um cão-guia isso nunca vai acontecer", esclarece.